Os líderes dos partidos políticos que apóiam o governo grego aprovaram o acordo proposto pela Troika – formada por FMI (Fundo Monetário Internacional), UE (União Europeia) e BCE (Banco Central Europeu) -, que, apesar de permitir um novo empréstimo ao país, estabelece uma série de duras medidas de austeridade. A informação foi confirmada nesta quinta-feira (09/02) pelo presidente do BCE, Mario Draghi.
Draghi afirmou à AFP que recebeu um telefonema do primeiro-ministro grego, Lucas Papademos, informando que os líderes dos partidos haviam chegado a um acordo completo para permitir o empréstimo de 130 bilhões de euros.
Os representantes políticos se reuniram na noite desta quarta-feira (08) e mesmo após horas de conversas não conseguiram chegar a um acordo sobre todos os pontos exigidos pela Troika.
Os gregos haviam rejeitado a questão do corte nas pensões. A Troika exigia que o país fizesse cortes de 20% em aposentadorias acima de 1 mil euros e uma substancial diminuição dos complementos que superem 150 euros em todas as pensões.
“Não posso em uma hora tomar uma decisão que condicionará o futuro do povo durante 40, 50 anos”, afirmou Giorgos Karatzaferis, líder do partido ultradireitista LAOS. O político foi o primeiro a deixar a reunião e cobrou garantias para que o acordo fosse aceito.
“Quero, antes de tomar qualquer decisão, ter garantias do Banco da Grécia, do Conselho de Contas e do Conselho Legal do Estado, de que essas medidas serão suficientes para sair da crise, estão de acordo com a Constituição e que não haverá necessidade de novas ações”, completou. As outras exigências, que incluem redução do salário mínimo e demissão de servidores públicos, foram aceitas.
Com a falta de acordo, a Troika havia dado mais 15 dias para que o governo grego apresentasse um novo plano de austeridade. Mesmo com o anúncio de que os líderes gregos chegaram a um consenso, o Eurogrupo irá se reunir na tarde desta quinta-feira para discutir a situação do país.
NULL
NULL
NULL