Os ministros de Finanças dos 17 países da zona euro acertaram nesta sexta-feira (30/03), em Copenhague, na Dinamarca, um acordo para reforçar o fundo de resgate europeu em 800 bilhões de euros, destinado a conter a crise financeira.
O plano inicial era de que o fundo chegasse a 940 bilhões de euros, proposta defendida pela França e apoiada por organismos como o FMI (Fundo Monetário Internacional) e a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Mas a Alemanha, com a ajuda de Finlândia e Holanda, se opôs ao valor inicial e venceu as negociações. Os 240 bilhões adicionais serão utilizados apenas para casos excepcionais, mas só a partir de 2013.
“Existe um consenso para elevar o teto do fundo até os 800 bilhões”, disse à imprensa Maria Fekter, ministra das Finanças da Áustria.
Segundo a ministra, o montante virá de três origens: 500 bilhões em dinheiro novo vindos do Mede (Mecanismo Europeu de Estabilidade Financeira), o fundo de resgate permanente; outros 200 bilhões seria originados do Feef (Fundo Europeu de Estabilidade Financeira), que já estavam comprometidos.
Outros 53 bilhões de euros viriam de empréstimos bilaterais e mais 49 bilhões de euros do Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (primeiro fundo do bloco para a crise), disse Fekter.
“Houve um debate intenso sobre o MEDE e suas capacidades. Temos o programa de resgate para a Irlanda, Portugal e Grécia, que são 200 bilhões de euros. Depois haverá dinheiro novo de 500 bilhões de euros para o MEDE. Sobre isso também há consenso”, disse a ministra austríaca.
Por enquanto, Fekter sustentou que “os mercados já emitem sinais de calma” e lembrou que, por exemplo, a “Itália pôde se refinanciar bem, da mesma forma que outros países”. “Em geral a eurozona está consideravelmente mais estável que há alguns meses”, acrescentou.
(*) com agências
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