O Irã anunciou nesta quarta-feira (18/04) a prisão de 15 suspeitos que estariam armando atentados contra cientistas do país. Entre os detidos há cidadãos iranianos e estrangeiros. O Ministério da Informação do país afirmou que os presos fazem parte de um complô “ligado ao regime sionista” para assassinar seus “especialistas”.
As informações foram divulgadas nesta quarta pela emissora estatal Irib, que divulgou ainda a descoberta de uma base de espiões israelenses num país vizinho não identificado.
De acordo com a Irib, a base de espiões era “administrada pela agência de espionagem Mossad (serviço secreto de Israel) com o objetivo de coordenar operações contra os interesses do Irã”. Na última terça-feira (17), o Irã anunciou que um de seus principais cientistas nucleares havia sido nomeado comandante para emergências nucleares e radioativas.
O cientista em questão, Fereydoon Abbasi, já havia sido alvo de uma tentativa de assassinato em novembro de 2010, mas sobreviveu. No entanto, segundo informações do governo iraniano, pelo menos cinco cientistas nucleares do país foram assassinados desde 2007.
Em janeiro, o cientista nuclear Mustafá Ahmadi Roshan morreu depois da explosão de seu carro, na Universidade de Teerã. Na ocasião, os iranianos voltaram a acusar o Mossad e os Estados Unidos pelos ataques.
Tanto Israel quanto os EUA, no entanto, acusam os iranianos de produzir energia nuclear com fins militares. No último fim de semana, uma delegação iraniana foi enviada à Turquia para retomar as negociações com o G5+1 (Grupo com as cinco potências do Conselho de Segurança da ONU mais a Alemanha).
O Irã afirmou, no entanto, que não irá negociar seu programa nuclear sob pressão ou chantagens. Já Israel respondeu por meio de seu ministro da Defesa, Ehud Barak. Nesta terça-feira (17), Barak afirmou que seu país não descartou atacar os iranianos.
“Nós não estamos comprometidos com ninguém”, afirmou o ministro, que classificou as negociações entre o G5+1 e os iranianos com uma a perda de um “tempo precioso”. “Nós lamentamos o tempo que está sendo perdido”, completou.
*Com informações do jornal The New York Times
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