O escritor brasileiro Dalton Trevisan aparece como o grande vencedor da 24ª edição do Prêmio Camões, o mais importante da língua portuguesa, anunciou nesta segunda-feira (21/05) o secretário de Estado de Cultura luso, Francisco José Viegas.
Nascido em Curitiba no ano de 1925, Trevisan é considerado como um dos melhores contistas da literatura brasileira do século XX e alcançou à fama com o livro “O Vampiro de Curitiba”, lançado em 1965.
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Esquivo à exposição midiática, Trevisan é autor de mais de 40 obras, a maioria formada por tramas psicológicas com toques tradicionais, comuns e presentes no cotidiano.
O júri tomou sua decisão por unanimidade e destacou a obra de Trevisan sem concessões a sua vida social. Com o prêmio de 2012, o escritor brasileiro sucede o português Manuel Antonio Pina, o último ganhador.
Entre os ganhadores do Luis de Camões, destacam-se os portugueses Antonio Lobo Antunes (2007), Miguel Torga (1989) e José Saramago (1995), além dos brasileiros Rubem Fonseca (2003) e João Cabral de Melo Neto (1990).
Criado em 1989 pelos governos de Portugal e do Brasil, o Prêmio Camões possui o objetivo de premiar um escritor cuja obra contribua com a projeção e o reconhecimento da língua portuguesa, falada por mais de 230 milhões de pessoas no mundo.
Trevisan, que trabalhou em uma fábrica de vidros e chegou a exercer vários anos de advocacia, fez parte da chamada Geração de 45, formada por Mario de Andrade, Carlos Drummond de Andrade e Vinícius de Moraes, entre outros.
Entre outros prêmios, Trevisan obteve duas vezes o Jabuti, com “Novelas nada Exemplares” (1959) e “Cemitério de Elefantes” (1964), e compartilhou o Portugal Telecom, ao lado de Bernardo Carvalho, com “Pico na Veia” (2002).