O Google está reformando seu sistema de buscas na China para tentar driblar a forte censura do país sobre o conteúdo que circula na internet. De agora em diante, os chineses que utilizarem os serviços do gigante das buscas online serão alertados sobre as restrições que existem em torno de cada palavra, além de receberem, também, sugestões sobre como evita-las.
Nesta quinta-feira (31/05), a companhia publicou em seu blog um comunicado no qual relata que,”ao longo dos últimos anos, recebeu diversas notificações de que seu serviço de buscas nas China era ‘inconsistente’ e ‘pouco confiável’”. Mais além, de acordo com o tipo de busca feita pelo usuário, o site recebia “mensagens regulares de erro” e permanecia fora do ar por um minuto ou mais.
A decisão pode vir a estremecer ainda mais as já delicadas relações entre o Google e as autoridades de Pequim. A companhia alega que reviu todos os seus sistemas operantes no país e assegura que não identificou nenhuma falha interna. Se isso for verdade, resta apenas a hipótese de que há problemas “correlacionados com as pesquisas de um conjunto particular de termos”.
Na China, usuários do Google encontram grandes dificuldades, por exemplo, para procurar pelo nome de Lijiang, uma cidade da província de Yunnan que viveu recentemente confrontos entre policiais e pequenos produtores locais.
No ano passado, o Google acusou a China de orquestrar uma enorme operação para hackear contas pessoais do serviço de e-mails da companhia. Entre as principais vítimas do ataque estariam ativistas políticos e oficiais norte-americanos. À época, contudo, o governo chinês, por meio de sua agência de noticiais, criticou enfaticamente as denúncias, classificando-as como “conspirações delirantes” que apenas impunham “obstáculos para o fortalecimento da credibilidade entre os agentes do mundo virtual”.
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