No dia 4 de junho de 1920, os vencedores da Primeira Guerra Mundial assinam no Palácio Trianon, na França, um tratado de paz com a Hungria. O documento consagrava o fim do Império Austro-Húngaro, uma “quase independência” da Hungria.
O novo Estado perderia dois terços de seu território original e três milhões de húngaros passariam a residir no exterior. A maior parte seguiria para a Romênia.
Três meses após o fim das hostilidades, a Hungria, em pleno caos, passaria a ser governada por Bela Kun, que instala em Budapeste, em 21 de março de 1920, uma República de Sovietes. Essa seria uma transposição artificial da experiência revolucionária bolchevique de 1917.
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Essa república, governada de forma dura e autoritária por breve período, foi derrocada logo em seguida graças a uma intervenção do exército romeno. Isso abriria espaço para ascensão do truculento almirante Miklos Horthy, que se dizia chefe da marinha de um país sem acesso ao mar.
O novo homem forte da Hungria se proclama regente na expectativa de restaurar a monarquia da dinastia dos Habsburgos. Isso, contudo, jamais ocorreria.
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Miklos Horthy negocia de forma superficial o Tratado de Trianon e, tão logo o documento está ratificado, passa a requerer insistentemente sua revisão. Para obtê-la se aproxima de Benito Mussolini e, depois, de Adolf Hitler.
A Segunda Guerra Mundial permite à Hungria recuperar os territórios conquistados pela Romênia e pela Iugoslávia. No entanto, em 1945, o país derrotado é obrigado a restaurar definitivamente as fronteiras estabelecidas pelo Tratado de Trianon.
Após a derrocada do bloco socialista europeu, a Hungria engavetou as históricas reivindicações sobre os territórios de minorias húngaras na Transilvânia, Romênia e em Voivodine, Sérvia. A decisão surgiu como forma de não instigar novos conflitos com regimes vizinhos.
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