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O TPI (Tribunal Penal Internacional), com sede em Haia, na Holanda, exigiu neste sábado a libertação de quatro funcionários da corte que foram presos na Líbia após um encontro com Saif Al Islam, um dos filhos de Muamar Kadafi.
Os enviados do TPI foram detidos após uma audiência entre o filho do ex-líder líbio, morto no ano passado, e advogada australiana Melinda Taylor, na prisão da cidade de Zintan, a 150 quilômetros de Trípoli.
“Estamos muito preocupados com a segurança de nossa equipe na ausência de qualquer contato com eles”, afirmou o presidente do TPI, Sang-Hyun Son, em uma nota oficial. “Os quatro funcionários internacionais têm imunidade quando em missão oficial do TPI. As autoridades líbias devem empreender imediatamente todas as medidas necessárias para assegurar sua segurança e libertá-los”.
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Segundo autoridades líbias, a advogada foi detida por tentar entregar a Al Islam documentos não relacionados ao caso e potencialmente perigosos à segurança da Líbia. A funcionária do TPI também teria tentado entregar ao filho do falecido dirigente líbio um equipamento para detectar movimentos dentro da prisão.
Já o representante líbio no TPI, Ahmed al-Jehani, disse à agência Efe que a advogada estava na posse de uma câmera fotográfica em miniatura camuflada em uma caneta, assim como de uma filmadora dentro de seu relógio. Ele indicou que Taylor, que se encontra na Líbia para uma missão “de rotina”, será interrogada.
Uma funcionária da prisão afirmou que o processo de Saif al-Islam é “um direito de Zintan” e advertiu que a população da cidade, assim como as autoridades e a milícia local “não cederão às fortes pressões exercidas por países estrangeiros”, que reivindicam a entrega do prisioneiro a instâncias superiores.
Após sua captura no dia 19 de novembro do ano passado, Saif al-Islam, considerado o herdeiro do antigo regime, permanece detido pela brigada de Zintan, que rejeita entregá-lo tanto às autoridades centrais de Trípoli como ao Tribunal Penal Internacional.
*Com informações da Reuters.