O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, alertou nesta segunda-feira (23/07) que o regime do presidente sírio, Bashar al Assad, não deve cometer o “trágico erro” de utilizar armas químicas porque, caso contrário, terá que prestar contas à comunidade internacional.
“Continuaremos deixando claro a Assad e a seus parceiros que o mundo está vigiando e que terão que prestar contas à comunidade internacional e aos EUA caso cometam o trágico erro de utilizar essas armas”, disse Obama durante um discurso no fórum de veteranos de guerra em Reno, no estado de Nevada.
Agência Efe
O presidente norte-americano, Barack Obama, durante discurso no último domingo.
Obama lançou a advertência na 113ª convenção anual do grupo Veteranos de Guerras Estrangeiras, uma das maiores e mais antigas organizações de veteranos do país.
O líder norte-americano, no entanto, reiterou o apoio do governo de Washington ao povo sírio para que tenha um “futuro melhor, livre do regime” de Assad.
“Continuaremos trabalhando com nossos amigos e aliados e a oposição síria para chegar ao dia em que o povo sírio tenha um governo que respeite seus direitos básicos a viver em paz, com liberdade e dignidade”, prometeu Obama.
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Os Estados Unidos mantiveram a pressão sobre o regime sírio, que ameaçou nesta segunda-feira recorrer a suas reservas de armas químicas no caso de um possível ataque militar do Ocidente, apesar de dizer que não as usaria contra sua própria população civil.
No domingo, o senador John McCain criticou o que considerou como uma falta de liderança por parte do governo de Obama em relação à Síria, no momento em que a situação se deteriora no país.
Questionado a respeito, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, afirmou que se McCain sugeria, por exemplo, uma intervenção ou invasão militar, o líder americano “não acredita que esse seja o rumo correto” para combater o regime sírio.
Nesse sentido, a porta-voz do Departamento de Estado americano, Victoria Nuland, insistiu nesta segunda-feira na postura dos EUA que “qualquer uso possível deste tipo de armas seria completamente inaceitável”.
“Estivemos trabalhando com todos os nossos aliados e parceiros para vigiar a situação (na Síria), para comparar informação e enviar a mesma mensagem”, enfatizou Nuland, embora tenha dito que as autoridades dos EUA não tiveram um contato direto com a Síria a respeito.
Durante o discurso, Obama enumerou as promessas eleitorais que fez para fortalecer as Forças Armadas dos EUA e melhorar o bem-estar das famílias militares, no momento em que tanto ele como seu rival republicano, Mitt Romney, buscam ativamente o voto dos veteranos de guerra.