O norte-americano James Holmes, único suspeito pelo assassinato de 12 pessoas em uma sala de cinema no Estado do Colorado, nos EUA, foi indiciado nesta segunda-feira (30/07) a 24 acusações de homicídio e 116 tentativas de homicídio.
Se for declarado culpado, o acusado seria condenado a uma sentença mínima de prisão perpétua sem a possibilidade de liberdade condicional. No entanto, a promotoria estadual ainda decidirá, em algumas semanas, se pedirá a pena de morte. Holmes admitiu o crime.
Agência Efe
Holmes (à esquerda) ao lado da defensor pública Tamara Brady, que realiza sua defesa
Além desses crimes, que totalizam 140, Holmes também foi indiciado pela posse de explosivos e por cometer crime de violência. Na noite em que foi preso, a polícia revistou sua casa e encontrou uma armadilha composta por artefatos em seu apartamento.
O tiroteio ocorreu no dia 20 de julho em um shopping na cidade de Aurora, durante a exibição do filme Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge, e terminou com a morte de 12 pessoas, sendo que 58 ficaram feridas. Assim que invadiu a sala, lançou máscaras de gás e começou a atirar indiscriminadamente. Ele foi preso pela polícia no estacionamento do centro comercial.
Holmes recebeu duas acusações para cada um das vítimas fatais: uma por assassinato em primeiro grau e outro por assassinato cometida com indiferença extrema.
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Com 24 anos de idade, Holmes era estudante de neurociências da Universidade do Colorado, mesmo local onde se submetia a um tratamento de psiquiatria.
Holmes permanece confinado em uma prisão de Arapahoe County e está representado por dois defensores públicos, Tamara Brady (que se sentou ao lado dele na primeira audiência judicial) e Daniel King.
A próxima audiência será no dia 12 de novembro e espera-se que esse procedimento, no qual será lida a ata completa das acusações, leve uma semana.
O juiz responsável pelo caso, William Sylvester, também convocou outra audiência para 9 de agosto, onde responderá um pedido de 21 meios de comunicação para suspender o sigilo do processo, imposto pelo próprio magistrado no mesmo dia do massacre.
Sylvester determinou um forte esquema de segurança, restringindo a presença de jornalistas dentro do tribunal, e proibiu o uso de artefatos eletrônicos no recinto.