O ministro de Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, e o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, anunciaram nesta segunda-feira (30/07) que cooperarão para a estabilização da economia da Zona do Euro.
Os dois ministros insistiram na necessidade de aplicação das reformas estipuladas na UE (União Europeia), em comunicado conjunto, após o encontro que mantiveram na ilha de Sylt (Alemanha).
Schäuble e Geithner pediram esforços, em escala europeia e internacional, para conseguir a estabilização da economia europeia. O encontro foi qualificado como uma “reunião informal de trabalho”.
Ambos ratificaram sua confiança nos “consideráveis” esforços que estão fazendo tanto a Espanha como a Itália, com seus respectivos programas de reformas, e se comprometeram a seguir trabalhando para conseguir a estabilização da economia global.
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Após o encontro com Schäuble, Geither viajou para Frankfurt para encontrar o presidente do BCE (Banco Central Europeu), Mario Draghi. O BCE, que se reúne na próxima quinta-feira para tratar da política monetária da Zona do Euro, confirmou o encontro, mas não quis dar mais informação a respeito.
Em declaração a um jornal alemão, o primeiro-ministro de Luxemburgo e presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, responsabilizou a Alemanha por parte do agravamento da crise e disse que alguns de seus políticos tratam a Zona do Euro como “uma filial”.
A maior parte dos analistas não acredita que o BCE volte a cortar sua taxa de juros principal – que está atualmente em 0,75%, – mas espera que Draghi confirme a disposição da entidade monetária de comprar dívida soberana ou executar outras medidas para apoiar a Zona do Euro.
O BCE informou nesta segunda que não comprou dívida dos países da Zona do Euro semana passada, pelo menos não nos dias anteriores às declarações do presidente da entidade, Mario Draghi.
O presidente do BCE assegurou na quinta-feira em Londres que “dentro de nosso mandato o BCE está preparado para fazer tudo o que for necessário para preservar o euro e, acredite, isto será suficiente”.
O BCE comprou até o momento no mercado secundário dívida soberana dos países da Zona do Euro com dificuldades de financiamento no valor de 211,5 bilhões de euros.
A entidade monetária europeia iniciou este programa de compra de dívida soberana em maio de 2010 para ajudar a Grécia e em agosto do ano passado o ampliou para comprar dívida da Espanha e da Itália.