As leis contra a burca (vestimenta muçulmana que cobre todo o corpo das mulheres, inclusive o rosto) na França e na Bélgica foram criticadas por Washington em um relatório do Departamento de Estado sobre as liberdades religiosas no mundo. No documento, publicado nesta segunda-feira (30/07), os Estados Unidos condenaram de forma geral a onda de antisemitismo e hostilidade contra muçulmanos na Europa.
“Os países europeus são cada vez mais diversos em termos étnicos, raciais e religiosos. Essas evoluções demográficas são acompanhadas, às vezes, de um sentimento xenófobo, antisemita e de sentimentos antimulçumanos”, aponta o relatório.
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O Departamento de Estado norte-americano condenou também “o número crescente de países europeus, dentre os quais a Bélgica e a França, cujas leis que restringem o código de vestuário têm um efeito adverso sobre os muçulmanos e outros”.
Na França, a lei que proíbe a ocultação do rosto em espaço público foi aprovada pelo Parlamento em setembro de 2010 e foi posta em prática em 11 de abril de
Na última semana, o comissário dos direitos humanos do Conselho Europeu, Nils Muiznieks, pediu para os governos europeus, citando Paris e Bruxelas, “renunciarem às leis e medidas que se dirigem especialmente aos muçulmanos”.