O líder do grupo libanês Hezbollah, Nassan Nasrallah, convocou novos protestos contra o filme anti-islâmico Inocência dos Muçulmanos, obra que foi o estopim de uma onda de violência em países da Ásia, da África e do Oriente Médio.
Nasrallah disse que o mundo precisa saber que os muçulmanos “não se calarão diante desse insulto”, em referência ao retrato crítico do profeta Maomé feito pelo filme amador.
Efe
Manifestantes em Srinagar, capital da Cachemira, na Índia, contra filme que satiriza o profeta Maomé
Ele disse que o filme representa um insulto “sem precedentes” ao Islã e pediu protestos que, ao longo da próxima semana, devem focar não apenas embaixadas norte-americanas no exterior, mas também governos de países muçulmanos, para pressioná-los a criticar os EUA.
O filme produzido nos EUA já despertou protestos em dezenas de países, deixando dezenas de mortos e feridos.
Protestos
Milhares de afegãos saíram às ruas de Cabul. Os manifestantes incendiaram carros, gritavam dizeres como “Morte aos EUA” e entraram em choque com policiais. Os agentes conseguiram conter a manifestação, que cercou a região onde estão instaladas as embaixadas de países ocidentais na capital. Entre 40 e 50 policiais ficaram feridos, segundo autoridades.
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“Havia entre 3 mil e 4 mil manifestantes. Eles queimaram alguns veículos da polícia, mas conseguimos separá-los e evitar que o tumulto se espalhasse”, contou o tenente general Fahem Qayem, comandante das forças policiais de ação rápida de Cabul.
“Vamos defender a nosso profeta até que tenhamos sangue sobre nossos corpos. Não vamos deixar que nada lhe insulte”, disse Jan Agha Pashtun, um manifestante que participou do protesto em Cabul. “Os norte-americanos terão que pagar por sua desonra.”
Mortes
No Paquistão, um manifestante morreu e dois ficaram feridos em um protesto de 800 pessoas no noroeste do país, de acordo com informações da agência AFP. Segundo Mohamad Irshad, funcionário do governo local, a polícia deu tiros para o ar e utilizou gás lacrimogêneo para tentar dispersar o tumulto. Em meio à violência, uma delegacia, a associação local de jornalistas, a casa de um juiz e mais três veículos foram incendiados.
* Com informações da Agência Efe e BBC Brasil