O presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, e o presidente francês, François Hollande, uniram forças perante a UE, nesta quarta-feira (10/10), para pedirem o cumprimento dos acordos estipulados pelo Conselho Europeu que,entre outras medidas, estipularam as bases da união bancária europeia antes do final deste ano. Os dois líderes também reivindicaram a criação de um supervisor bancário único em 2013.
Rajoy e Hollande participaram, em Paris, de uma reunião em conjunto e, em seguida, de uma entrevista coletiva. Eles cobraram o Conselho Europeu, que voltará a se reunir nos dias 18 e 19 de outubro, para cumprir o que foi estipulado na última reunião, em junho,espacialmente em relação à união bancária e à supervisão sãs instituições financeiras.
Agência Efe
O presidente de governo espanhol, Mariano Rajoy, e o presidente da França, François Hollande
“Não encontro nenhuma razão para que não sejam tomadas essas decisões. Portanto, é plenamente possível e absolutamente desejável que o Conselho Europeu dê um sinal nítido e claro de que continua, com determinação, o processo de integração europeu”, disse.Rajoy assegurou que desconhece que a Alemanha tenha dito que é necessário atrasar a supervisão bancária única e insistiu que é necessário cumprir os acordos.
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Hollande apoiou publicamente seu colega espanhol, defendendo a retomada do crescimento e apoiando a supervisão bancária unificada, afirmando que todos os bancos franceses estarão sob supervisão do BCE (Banco Central Europeu). Também se posicionou contrariamente à imposição de novas condições às já estipuladas para que os países endividados tenham acesso ao fundo de resgate da União Europeia.
O presidente francês também explicou que para alguns países, são aplicadas taxas de juros que todos reconhecem que são elevadas demais (em alusão à Espanha) e afirmou que esse mecanismo demorou em entrar em vigor, mas é hora de colocá-lo em prática.
Espanha e França, que depois da reunião passarão a lutar por objetivos comuns no conselho da próxima semana, enfrentarão oposição da Alemanha, apoiada por Holanda e Finlânia, que não demonstram a mesma pressa e pedem “cautela”. A chanceler alemã Angela Merkel já deixou claro em entrevistas no passado que prefere que a Espanha não peça um resgate agora e continue tentando reduzir sua dívida soberana através de mais medidas de austeridade.