O FMI (Fundo Monetário Internacional) demonstrou preocupação nesta sexta-feira (12/10) com a ampla concessão de crédito e aumento da liquidez nos países da América Latina e Caribe. Segundo a instituição, as políticas econômicas devem se centrar agora na estabilização do setor financeiro.
Em relatório apresentado hoje (12/10), a instituição lembrou que o crescimento na região sofreu uma desaceleração desde abril por conta do impacto da crise econômica na Europa e nos Estados Unidos. De acordo com suas previsões, a economia da América Latina e Caribe deve crescer 3,2% em 2012 e 4% em 2013 e o do Brasil, apenas 1,5% neste ano.
Por esta razão, as políticas destes governos têm de ser cuidadosamente calibradas para manter a demanda doméstica e crescimento do crédito sob controle, recomenda o FMI no documento.
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“Os países devem fortalecer os fundamentos macroeconômicos de suas economias, aumentando o espaço fiscal e assegurando a estabilidade financeira”, diz o texto. “As perspectivas a curto prazo exigem vigilância e um enfoque de gestão de riscos orientado à possibilidade de haver riscos extremos”, acrescenta.
A instituição também alertou sobre a possibilidade de a China crescer menos do que se espera, o que prejudicaria as exportações da América Latina e “afetaria os preços das matérias-primas”.
Neste sentido, o relatório considera que “os preços das matérias-primas seguirão altos” e as políticas monetárias de estímulo nas economias avançadas manterão “condições financeiras externas favoráveis durante algum tempo”.
O documento foi apresentado nesta sexta-feira (12/10) durante assembléia anual do FMI em Tóquio e está disponível no site da instituição.
*Com informações da Agência Efe