Efe
O presidente francês, François Hollande, criticou em entrevista ao jornal espanhol El País a política da chanceler alemã, Angela Merkel, e afirmou que são necessárias mais medidas que promovam o crescimento econômico para contrariar a onda de austeridade que assola a Europa.
“Não é possível, pelo bem de todos, impor uma pena perpétua às nações que já fizeram sacrifícios consideráveis, se as suas populações não vêem, em nenhum momento, os resultados dos seus esforços”, afirmou Hollande. “Hoje a ameaça da recessão é tão importante quanto a dos déficits”.
O líder francês declarou ser contra mais austeridade nos países do Sul da Europa: “Também me dirijo aos espanhóis e portugueses, que estão pagando caro pelos problemas criados por outros. Chegou a hora de oferecer uma perspectiva que não seja só a austeridade”, explicou.
Na entrevista, Hollande também sugeriu que Merkel está se preocupando demais com a situação interna da Alemanha para responder de forma adequada à crise, num momento em que faltam apenas 10 meses para as eleições no país. Ela “é muito sensível às questões de política interna e às exigências do seu Parlamento”, disse o presidente.
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Sobre a Grécia, Hollande prometeu que vai fazer “todos os possíveis para que a Grécia permaneça na zona euro”. O socialista prometeu que vai se orientar pela agenda do crescimento, algo que afirma estar a fazer desde a sua eleição: “Estou convencido de que, se não dermos um novo alento à economia europeia, as medidas de disciplina, por muito desejáveis que sejam, não podem traduzir-se em nada”.