Atualizada às 11:00
Agência Efe (31/10)
Estação de metrô South Ferry, em Nova York, amanheceu alagada por conta do furacão Sandy; oficiais bombeiam água
Ainda prejudicados pela falta de energia e vias alagadas em decorrência do furacão Sandy, milhões de pessoas nos Estados Unidos se esforçam nesta quarta-feira (31/10) para voltar aos ritmos da vida cotidiana. O fenômeno natural, que passou pela costa leste do país nesta terça (30/10), deixou pelo menos cinquenta mortos, mais de oito milhões de pessoas sem eletricidade e diversas cidades devastadas.
Em Nova York, os serviços públicos estão voltando a funcionar aos poucos em meio a ruas ainda marcadas por enchentes. O prefeito da cidade, Michael Bloomberg, participará da reabertura da Bolsa de Valores, que encerrou suas atividades pela primeira vez na história por razões climáticas. Outras empresas de Wall Street também vão retornar ao trabalho nesta quarta-feira (31/10).
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Por conta de alagamento em túneis, as linhas de metrô permanecem fechadas e oficiais do serviço de emergência e transporte da cidade bombeiam a água salina das vias. As autoridades municipais informaram que o sistema deve retornar apenas no final de semana ou no início da próxima semana e disponibilizaram ônibus sem custo para os passageiros. O sistema ferroviário também voltou a operar, mas diversos trechos continuam interditados.
Apesar disso, escolas públicas, parques, túneis no leste de Nova York e o aeroporto La Guardia permaneceram fechados. Bloomberg declarou que pode levar até cinco dias para a eletricidade ser completamente restaurada na cidade. “Nós estamos no início de um processo que sabemos que demorará um pouco, mas este é o fim do problema”, afirmou ele.
Em Nova Jersey, guardas nacionais desembarcaram nas cidades na noite desta terça-feira (30/10) para ajudar moradores a saírem de residências alagadas e providenciaram abrigo a 4,5 mil pessoas. Os oficiais continuam a distribuir ajuda nos locais mais afetados.
“A devastação causada por Sandy está além do que eu jamais pensei que veria”, disse Chris Christie, governador do Estado de Nova Jersey, em uma conferencia na manhã desta quarta. O presidente norte-americano, Barack Obama, cancelou a sua agenda de campanha pelo quarto dia consecutivo para visitar os danos causados pelo furacão nas cidades de Nova Jersey.
Bombeiros procuram por sobreviventes em locais destruídos de Atlantic City (Estado de Nova Jersey) e tentam recuperar as dezenas de casas danificadas por incêndio no Queens, um dos bairros mais populosos de Nova York. De Virgínia a Connecticut, existem histórias de pessoas que perderam tudo com as enchentes, de prédios que sucumbiram pelos fortes ventos e tempestade e de hospitais que tiveram de ser evacuados por conta da falta de eletricidade.
O presidente Obama declarou estado de emergência nos Estados do Nova York e Nova Jersey, tornando possível a assistência federal para a reconstrução. “Todos nós ficamos chocados pela força da mãe natureza”, disse o democrata nesta terça (30/10), quando prometeu disponibilizar “todos os recursos possíveis”.
Não existe informação oficial consolidada sobre as perdas com o fenômeno. No entanto, estima-se que o alcance do dano – que abrange mais de meia dúzia de Estados – gire em torno de 20 milhões de dólares.