A última segunda-feira (26/11) registrou um recorde histórico para a cidade de Nova York. Pela primeira vez desde 1960, o departamento de polícia local não registrou uma única morte causada por armas de fogo, armas brancas ou qualquer outra forma de crimes violentos.
De acordo com o historiador especializado sobre o NYPD (Departamento de Polícia de Nova York), Tom Repetto, entrevistado pela agência de notícias Reuters, um fenômeno como esse ocorrer “em uma cidade de oito milhões de habitantes é um fato extremamente raro”.
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Até a última segunda-feira, Nova York registrou 366 homicídios em 2012, e deve apresentar desempenho melhor do que total registrado no ano de 2011, quando contabilizou 472. A taxa é bem inferior em relação a anos anteriores. Em 1990, por exemplo, ocorreram 2.245 mortes, bem longe do recorde, em 1994, com 4.967 ocorrências.
Os números de Nova York em 2012 também apresentam desempenho muito melhor, em comparação a cidades como Chicago (com 2,7 milhões de habitantes), com 462 pessoas mortas até agora, ou Filadélfia (1,5 milhões de habitantes), com 301.
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Segundo Repetto, esse número pode ser explicado através de táticas que ele chama de “pró-ativas”, como o aumento considerável de revistas policiais e a permissão expressa para que eles abordem e revistem qualquer pessoa considerada suspeita, além de seus bens, como carros e bolsas. No entanto, esses dados também podem ser contestados, já que foi registrado um aumento de 9% de furtos, especialmente de objetos como tablets e celulares.
No entanto, a mesma “segunda-feira de paz” registrou uma ocorrência violenta não-letal envolvendo armas de fogo: um adolescente de 16 anos deu entrada em um hospital no bairro do Bronx com uma bala instalada em uma de suas coxas. Ele testemunhou que o tiro foi dado por ele mesmo de maneira acidental.
A trégua, no entanto, acabou às 11h20 da terça-feira (27), quando um homem de 27 anos foi morto no Brooklyn, o primeiro homicídio registrado depois das 22h15 do domingo.