O fundador do Wikileaks, Julian Assange, anunciou nesta quinta-feira (20/12) que sua organização publicará um milhão de novos documentos confidenciais em 2013.
Em discurso na embaixada do Equador em Londres, onde se encontra refugiado há seis meses, o jornalista afirmou que “todos os países do mundo” serão abordados pela documentação a ser divulgada no ano que vem.
Assange falou durante 15 minutos na varanda da legação diplomática perante centenas de pessoas e meios de comunicação de todo o mundo, naquela que foi a segunda aparição desde que se refugiou nesse edifício para evitar sua extradição à Suécia.
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“Há seis meses entrei neste edifício, que se tornou minha casa, meu escritório, meu refúgio. Graças ao governo do Equador e ao apoio de seus moradores”, declarou Assange no que denominou seu “discurso do Natal”.
O fundador do Wikileaks disse ainda que “a porta está e sempre esteve aberta para qualquer um que deseje usar os trâmites adequados para falar comigo ou garantir-me uma saída segura”.
Neste sentido, o australiano de 41 anos lamentou que o Pentágono norte-americano segue considerando sua organização como “criminosa” e o governo da Austrália “não defende o jornalismo e as publicações do Wikileaks”, o que o faz continuar na embaixada do Equador.
O fundador do Wikileaks apontou que, apesar de sua liberdade ser limitada, pode trabalhar e comunicar-se, “algo que não podem fazer 232 jornalistas que se encontram esta noite na prisão”.