Em uma sessão extraordinária convocada em meio ao recesso parlamentar para examinar uma dezena de projetos de lei, a coalizão governista de esquerda Frente Ampla, promotora da iniciativa, aceitou o pedido da oposição de adiar a votação para ter mais tempo de estudar o texto. O adiamento, até a primeira sessão de abril, foi aprovado por unanimidade. As informações são da agência de notícias France Presse.
O projeto altera o texto afirmando que “o matrimônio é a união permanente entre duas pessoas de igual ou distinto sexo” foi aprovado na madrugada de 12 de dezembro com o apoio de todos os deputados governistas e grande parte da oposição.
A Câmara havia aprovado o projeto por 81 votos a 6 e, após aprovação do Senado, precisará ser promulgado pelo presidente José Mujica.
O adiamento foi recebido com decepção pelos ativistas de direitos da comunidade LGBTT, que convocou, pelas redes sociais, uma manifestação diante do Parlamento à tarde, para acompanhar a votação.
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Nos últimos seis anos, o Uruguai legalizou a união civil de homossexuais e a adoção de crianças por casais do mesmo sexo. Também habilitou a troca de nome e sexo, além da entrada de homossexuais nas Forças Armadas.
Em junho deste ano, a justiça reconheceu, pela primeira vez, um casamento entre duas pessoas do mesmo sexo celebrado na Espanha.
Na região, o casamento homossexual está autorizado na Argentina desde 2010 e na Cidade do México desde 2009.