Em sua primeira declaração nos últimos cinco meses, o presidente sírio, Bashar al Assad, reiterou neste domingo (06/01) que sua missão atual é “defender a Síria de seus inimigos”, no conflito que definiu como algo “nunca visto” na região.
O presidente, que estava diante de um público que cantou seu nome e o ovacionou diversas vezes, argumentou que há um plano exterior para fragmentar o país.
“Estamos em uma situação de guerra, em todo o significado da palavra, contra um inimigo exterior”, afirmou antes de ressaltar que “defender o país é uma opção legítima e legal”.
De acordo com Assad, o conflito em seu país começou com “grupos armados que queriam fazer uma suposta revolução”, o que, segundo ele, foi rechaçado pela população local. “As revoluções precisam de líderes, pensadores, mas onde estão? A revolução deve nascer do povo, não de fora”, argumentou.
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“A Síria é mais forte que seus inimigos e lhes dará uma lição”, prosseguiu Assad, que agradeceu China, Rússia e Irã por manterem-se firmes e “lutar contra a ingerência” dos países ocidentais e árabes que, para o líder, participam do “complô internacional” contra seu país.
Assad defendeu novamente a resposta militar contra os “terroristas”, já que em sua opinião “os que falam apenas de uma solução política para o conflito ou são ignorantes ou utilizam a mesma linguagem que os criminosos”. “As Forças Armadas se reservam ao direito de responder a qualquer agressão contra as instalações públicas e do Estado”, afirmou.
“Manteremos diálogo com qualquer cidadão sírio que discorde, enquanto seus princípios estiverem baseados no patriotismo e não em vender o país aos inimigos”, acrescentou.