Três militantes curdas foram encontradas mortas com disparos na cabeça na madrugada desta quinta-feira (10/01) no Centro de Informações do Curdistão, em Paris, informaram as autoridades.
Segundo uma fonte policial citada pela emissora France Info, se trata de “uma execução premeditada”.
A France Info indicou que uma das mulheres, de 32 anos, trabalhava no centro cultural curdo e que as outras duas estavam de passagem pela cidade e eram ativistas políticas. Uma delas tinha participado da criação do PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão).
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O ministro do Interior francês, Manuel Valls, disse à emissora que iria na manhã desta quinta-feira (10/01) à Rua Lafayette, no distrito X da cidade, onde está situado o Centro de Informações do Curdistão, e acrescentou que espera que “a investigação avance rapidamente”.
“É breve demais para fazer comentários”, mas é possível dizer que “esses assassinatos são insuportáveis”, comentou Valls.
Ativistas da comunidade curda de Paris anunciaram a organização de um protesto contra o crime.
Os curdos são originários da região do Curdistão, dividida entre os países de Irã, Iraque, Síria, Turquia, Armênia e Geórgia. Apesar disso, a grande parte da população está concentrada no território turco. Organizações políticas curdas com o apoio da sociede, como o PKK da Turquia, defendem a emancipação nacional e a construção de um estado curdo nos limites do Curdistão.
Muitos curdos acreditam que sua terra está sob ocupação de países estrangeiros e por isso, pedem pela independência. O PKK é considerado um grupo terrorista pelas autoridades turcas, norte-americanas e de alguns países europeus por ter realizado ações armadas contra o governo turco.