O Tribunal de Apelações determinou neste domingo (13/01) um novo julgamento para o ex-presidente Hosni Mubarak, condenado pela morte de manifestantes durante protestos que culminaram com a queda de seu regime, em 2011. Com a decisão, o julgamento anterior, que condenava o ex-chefe de Estado à prisão perpétua foi anulado.
A corte também resolveu repetir o processo contra o ex-ministro do Interior Habib al Adli e seis de seus ex-assessores, além do julgamento dos dois filhos de Mubarak, Alaa e Gamal, e do empresário Hussein Salem, que está na Espanha.
Agência Efe (07/09/2011)
O ex-presidente egípcio Hosni Mubarak sendo levado de maca para julgamento, em 2011
As fontes judiciais explicaram que o tribunal aceitou os recursos apresentados por Mubarak e Adli contra a sentença de prisão perpétua por seu envolvimento na morte dos manifestantes.
No entanto, a corte admitiu a apelação da Procuradoria Geral contra a absolvição de Mubarak, seus filhos e Salem por um suposto crime vinculado à exportação de gás a Israel, além de outro caso de abuso de poder presidencial.
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O novo julgamento será realizado em um tribunal penal. Enquanto isso, os acusados permanecerão em prisão preventiva, exceto dois ex-assistentes de Adli que estão em liberdade, segundo a agência de notícias estatal Mena.
A defesa do ex-presidente alegou falta de provas contundentes contra a corte que emitiu a sentença contra seu cliente em 2 de junho de 2012.
Desde o dia 27 de dezembro, Mubarak está internado no Hospital Militar de Maadi devido aos ferimentos que sofreu ao cair no banheiro do centro médico da penitenciária de Tora. Seu estado de saúde seria delicado.
(*) com agências de notícias internacionais