Membros do alto escalão do governo venezuelano, dentre eles o vice-presidente Nicolás Maduro, o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello e ministros como o do petróleo, Rafael Ramírez, se encontram neste domingo (13/01) em Havana, três dias após ato de posse simbólico, realizado na quinta-feira (10/01) em Caracas. O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, permanece internado em hospital da capital cubana, pouco mais de um mês após ter sido submetido a uma quarta cirurgia contra um câncer.
Efe
Presidente de Cuba, Raúl Castro, cumprimenta o presidente da assembleia, Diosdado Cabello e o ministros do petróleo, Rafael Ramírez
De acordo com o ministro da Comunicação, Ernesto Villegas, o vice-presidente fez chegar a Chávez a notícia do amplo apoio que recebeu de milhares de apoiadores em 10 de janeiro. Na ocasião, foi realizada uma posse simbólica do povo venezuelano. Segundo noticiou o jornal cubano Granma, Castro e Maduro concordaram que foi “satisfatório” o apoio dado à Venezuela e a seu presidente no ato realizado na quinta-feira, do qual participaram líderes latino-americano como o presidente uruguaio, José Mujica e boliviano, Evo Morales.
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Ontem, Maduro se encontrou com a presidente argentina, Cristina Kirchner, que concluiu uma breve visita a Cuba com a intenção de manifestar solidariedade e apoio ao colega venezuelano. Ela se reuniu com familiares do chefe de Estado, mas não divulgou detalhes da conversa. Além disso, Adán Chávez, governador do Estado de Barinas, afastou boatos alimentados por jornais europeus que Chávez estaria em coma. Segundo ele, o irmão está respondendo bem ao tratamento contra uma infecção respiratória, desenvolvida logo depois da operação.
Assembleias
Opera Mundi
Enquanto isso, na Venezuela, assembleias populares tanto de chavistas como da oposição, estão sendo realizadas em praticamente todos os estados. Para o governo venezuelano é importante a ratificação da decisão do Supremo tribunal sobre o juramento de Chávez – postergado por tempo indeterminado – à medida que partidos opositores insistem que a liderança de Maduro é desprovida de legalidade. Para eles, Cabello deveria ter sido empossado presidente e novas eleições marcadas para daqui um mês.
[Manifestantes em Caracas segura cartaz com os dizeres “10 de Janeiro. Tribunal Submisso. Justiça?”]
“Quem imaginaria que a oposição terminaria dividida entre Cabello e Maduro?”, questionou o deputado chavista Earle Herrera. Ontem, durante assembleia popular convocada pelo partido Vontade Popular em Caracas, o prefeito do município de Baruta, Gerardo Blyde, argumentou que a oposição só está defendendo a Constituição. “Quem votou por Maduro? Ninguém. O juramento é necessário para assumir o cargo”, afirmou a Opera Mundi.
Blyde, que também é advogado constitucionalista, ainda revelou que os partidos opositores reunidos em torno da MUD (Mesa de Unidade Democrática) cogitam levar o caso a um tribunal de direitos humanos. De acordo com ele, ainda não está claro quando seria apresentado diante da Corte de Direitos Humanos Interamericana, com sede na Costa Rica.