Agência Efe
Nicolás Maduro acusou setores da direita venezuelana de armarem um plano para matá-lo
Ao participar de evento em comemoração ao 55º aniversário do fim da ditadura do general Marcos Pérez Jiménez, o vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que viajará novamente a Cuba para visitar Hugo Chávez. Em seu discurso desta quarta-feira (23/01), Maduro também alertou a população para um plano de opositores para tirar a sua vida e a do presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello.
“Em algumas reuniões, eles dizem que há que se tirar a vida do tenentinho e do motorista de metrô. Diosdado tem muita honra de ser tenente do Exército Bolivariano de Hugo Chávez e eu tenho orgulho de ser trabalhador e motorista do metrô de Caracas”, afirmou o vice-presidente venezuelano.
“Não se surpreendam com as ações que tomaremos nos próximos dias. Que os criminosos que se infiltram em nosso país não venham pedir chocolate depois”, acrescentou.
Agência Efe
Maduro passará em Havana antes de viajar ao Chile, onde participa de cúpula de estados latino-americanos e caribenhos
Sobre a sua viagem a Havana, Maduro indicou que levará ao presidente “o amor e a saudação deste povo”. Além do vice-presidente, o ministro de Energia e Petróleo, Rafael Ramírez, também visitará Chávez.
“Nós vamos com um conjunto de temas de consulta para tomada de decisões”, afirmou Maduro, que já viajou duas vezes a Cuba desde que Chávez foi operado, no dia 11 de dezembro.
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O vice-presidente disse ainda que Chávez conseguiu superar um pós-operatório muito duro e que agora está caminhando para uma “nova etapa”.
Após a visita, Maduro irá junto com o chanceler venezuelano, Elías Jaua, a Santiago do Chile para participar no final de semana da segunda cúpula da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos).
Oposição
No evento organizado pela oposição, o candidato derrotado nas últimas eleições presidenciais e governador do estado de Miranda, Henrique Capriles, comparou o chavismo com a ditadura de Pérez Jiménez devido ao “monopólio da violência”.
“[A ditadura] é muito parecida com o tempo que estamos vivendo: o governo tem o monopólio da violência, quer utilizar a violência para que os venezuelanos briguem uns contra os outros”, afirmou.
Capriles disse ainda que a oposição deve “indicar claramente aos venezuelanos” que o caminho a ser tomado “não é o do confronto, mas da paz”. “Infelizmente os que governam não acreditam na unidade dos venezuelanos, sua conduta é sectária. Eles falam de inclusão, mas não pode haver inclusão se há exclusão e a realidade que vivemos hoje é que os venezuelanos que discordam do governo são excluídos”, opinou.