Uma rebelião no Centro Penitenciário Centrooccidental (Uribana), na cidade de Barquisimeto, Estado de Lara, teria deixado nesta sexta-feira (25/01) pelo menos 50 mortos e 90 feridos, de acordo com meios locais, que citaram fontes do hospital Central de Barquisimeto. O local foi ocupado militarmente para controlar o acesso e para dar segurança aos réus que estão sendo atendidos.
Efe
Detento ferido chega ao hospital de Barquisimeto, no Estado de Lara. Motim em penitenciária da cidade deixou dezenas de mortos
De acordo com a ministra para Assuntos Penitenciários, Iria Varela, uma revista surpresa estava programada para a manhã de hoje, porém, meios de comunicação do país noticiaram a ação oficial, o que, segundo ela, desencadeou a revolta. “Fomos surpreendidos pelo anúncio da revista por parte do canal privado Globovisión, as redes sociais e a página web do diário El Impulso, o que sem dúvida alguma constitui em um detonante para a violência e que se evidencia com o início, horas depois, do motim no interior do centro penitenciário”, afirmou Varela em comunicado. Falando a partir do Estado de Táchira, ela negou que estivesse em Barquisimeto, como afirmaram alguns meios.
Entre os mortos, estão um guarda nacional e dois pastores evangélicos. É possível que a cifra de mortos aumente, devido à extensão da violência dentro da penitenciária. Hoje, mais de 20 ambulâncias faziam o trajeto até o hospital da capital de Lara. “Uma vez que tenhamos o controle absoluto das instalações do Centro Penitenciário de Uribana passaremos a confirmar as causas do ocorrido, o saldo de pessoas afetadas para oferecer um informe detalhado, objetivo e verdadeiro”, continua o comunicado da ministra.
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“Às 20h (22h30 em Brasília) tínhamos uma cifra de 90 feridos, a maior parte por arma de fogo, com uma cifra verdadeiramente alarmante de 50 mortos ao menos, que repousam no hospital”, afirmou o diretor do local à AFP, Ruy Medina. Por sua parte, a Agência Efe divulgou mais cedo uma entrevista com o diretor do OVP (Observatório Venezuelano de Prisões), Humberto Prado, que contou serem 25 os mortos.
Críticas
O governador de Lara, onde está localizado o centro penitenciário, é Henri Falcón, da oposição. Ele ainda não se manifestou sobre o ocorrido. Já o governador do Estado de Miranda e ex-rival do presidente Hugo Chávez na eleição presidencial, Henrique Capriles, criticou as autoridades do país por meio de sua conta no Twitter. “São necessários quantos mortos nas cadeias para que o governo assuma seu fracasso e faça mudanças?”, perguntou.
O ex-presidenciável afirmou que as autoridades são incapazes de dar segurança em uma penitenciária e nas ruas. “As cadeias do nosso país são um exemplo da incapacidade do governo e de seus dirigentes, nunca solucionaram o problema”.
* Com informações do El Universal e da Globovisión