O governo holandês anunciou nesta sexta-feira (01/02) a nacionalização do grupo bancário e de seguros SNS Reaal, por um custo de 3,7 bilhões de euros, informou o ministro das Finanças holandês, Jeroen Dijsselbloem.
“Hoje o SNS Reaal passou diretamente para as mãos do Estado. Tomamos a decisão inevitável de nacionalizar o banco”, disse o ministro holandês em um comunicado de imprensa a propósito do futuro da quarta entidade do país, que atravessava graves dificuldades financeiras.
Dijsselbloem lembrou em Haia que, à meia-noite de quinta-feira, já havia finalizado o período que o Banco Central da Holanda estabeleceu para encontrar uma solução de viabilidade da entidade.
“A desapropriação se fez necessária pela situação extrema pela qual passa o grupo e a séria e imediata ameaça que representa para a estabilidade do sistema financeiro”, disse o responsável da economia holandesa em seu comunicado.
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O ministro das Finanças holandês informou também que a decisão, que segundo o decreto de desapropriação começa a valer hoje, foi tomada após consultar o banco central do país.
Dijsselbloem, recentemente eleito presidente do Eurogrupo – entidade que reúne os 17 países que participam da zona o euro –, tranquilizou os holandeses assinalando que os depósitos no SNS Reaal “não correm nenhum risco”.
A associação de bancos holandeses considerou que a nacionalização do SNS Reaal “acontece para o benefício da estabilidade do setor financeiro da Holanda. O ING, maior entidade financeira do país, também deu “boas-vindas a medida”, segundo um comunicado.
O grupo havia sofrido grandes perdas nos últimos anos devido aos maus resultados obtidos por sua divisão imobiliária, a Property Finance, adquirida ao banco ABN Amro em 2006.