O presidente das Filipinas, Benigno Aquino, fará nesta segunda-feira (11/02) uma visita histórica ao quartel-general do grupo separatista FMLI (Frente Moro de Libertação Islâmica) em Mindanao entre fortes medidas de segurança, para consolidar o processo de paz em curso.
Durante a visita, Aquino e o presidente do FMLI, Murad Ebrahim, lançarão um programa de parceria para melhorar as condições de saúde, de educação e saúde dos insurgentes e da população local.
A vice-porta-voz da Presidência, Abigail Valte, disse que o programa, chamado Sajahatra Bangsamoro, pretende mostrar a sinceridade do governo na busca de um acordo que leve a uma paz duradoura.
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“O objetivo é prestar serviços sociais básicos aos quais os membros do FMLI não tinham acesso enquanto perseguiam ativamente sua causa. Como mostra da vontade do governo de conseguir uma paz justa e duradoura, esperamos que estes serviços continuem”, disse Valte.
A visita de Aquino é a primeira de um presidente filipino ao quartel do FMLI depois da que foi realizada em 2000 pelo então chefe de Estado, Joseph Estrada.
O FMLI nasceu de uma cisão do histórico Frente Moro de Libertação Nacional, quando este aceitou negociar uma solução que não fosse a independência, e foi constituído formalmente em 1984. A organização conta com cerca de 12 mil militantes na atualidade. Quase quatro décadas de conflito causaram milhares de mortos e cerca de dois milhões de refugiados em uma das áreas mais pobres das Filipinas.
O pacto também estabelece a criação de uma região autônoma nas áreas do sul das Filipinas onde a comunidade muçulmana é maioria.