Nicolás Maduro já é presidente interino da Venezuela, até que nova eleição presidencial seja convocada. E sua nova função não se restringiu a liderar a multidão que marchou ao lado do cortejo fúnebre com o caixão do presidente Hugo Chávez até a Academia Militar – cenas que impressionaram pela magnitude e emoção. Nesta quarta-feira (06/03), ele assinou seu primeiro decreto como presidente interino para declarar luto nacional durante sete dias pela morte de Hugo Chávez.
Agência Efe (05/03/2013)
Agora presidente interino, Nicolás Maduro foi quem anunciou, às lágrimas, a morte do chefe de Estado na última terça-feira
“Estão declarados sete dias de luto nacional, entre os dias 5 e 11 de março de 2013, pelo lamentável e penoso falecimento e irreparável perda do herói da pátria Hugo Rafael Chávez Frias”, diz o decreto publicado na Gazeta Oficial. A medida ordena que “a bandeira nacional permaneça içada a meio mastro em todos os edifícios públicos e privados, tanto civis como militares”.
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O decreto presidencial, que também proíbe as festas e celebrações em todo o território nacional durante esses sete dias, leva a data de terça-feira (05/03), quando o próprio Maduro anunciou, às lágrimas, a morte do chefe de Estado.
Enquanto a Venezuela chora a morte do presidente, após quase dois anos de luta contra o câncer, já se especula quando a população irá novamente às urnas. No entanto, o que é certo nas ruas de Caracas é que os eleitores chavistas irão seguir a orientação dada por Chávez antes de partir para Cuba, em 8 de dezembro de 2011 e votar em Maduro. Pesquisas indicam que ele teria 50% dos votos em uma disputa com Henrique Capriles, provável escolha da MUD (Mesa de Unidade Democrática).
Gazeta Oficial
Assinatura de Maduro em seu primeiro decreto como presidente interino
Capriles, que já foi deputado, prefeito e governador, perdeu em 7 de outubro de 2012 para Chávez, sendo o candidato da oposição que mais perto chegou do comandante em um pleito. No entanto, em seguida, ele decidiu concorrer novamente ao governo do Estado de Miranda, vencendo o adversário chavista, Elías Jaua, atual chanceler.
Devido ao curto tempo até a eleição, a oposição deve pular a etapa de primárias e anunciar prontamente o candidato. Ramon José Medina, porta-voz da aliança de oposição, conhecida como MUD, disse que uma decisão formal ainda não foi tomada. No entanto, ele reconheceu que Capriles seria a “primeira opção óbvia”. Os sete dias de luto nacional devem ser esperados até qualquer anúncio.