A casa de uma das diretoras do TJSE (Tribunal Superior de Justiça Eleitoral) do Paraguai foi alvo de um atentado na madrugada desta quinta-feira (04/04). Jazmín Barrios, que já havia sido ameaçada de morte na semana passada, não estava em sua residência no momento dos 19 disparos, cinco dos quais acertaram o alvo.
De acordo com o coordenador-geral das eleições presidenciais paraguaias, Carlos María Ljubetic, o atentado é um fato inédito na história do país. “O ataque representa uma campanha de amedrontamento sem antecedentes em nosso processo eleitoral. Não sabemos se a intenção é suspender as eleições”, afirmou Ljubetic.
O coordenador-geral do pleito, no entanto, confirmou que o TJSE não fará nenhuma mudança no cronograma e que os paraguaios escolherão seu próximo presidente em 21 de abril.
Segundo uma investigação preliminar, o ataque ocorreu por volta das 2h da manhã e os responsáveis pelos disparos estavam em um carro de marca Kia.
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Ao ser ameaçada na semana passada, Barrios recebeu uma mensagem com a seguinte frase: “peça demissão porque não chegará viva a 21 de abril”.
Aliança
O candidato liberal à Presidência do Paraguai, Efraín Alegre, anunciou nesta quarta-feira (03/04) a formalização de uma aliança com o partido Unace, cujos principais líderes são familiares do ex-general Lino Oviedo.
Agência Efe
Segundo colocado nas pesquisaa, Efraín Alegre (segundo da direita para esquerda) anuncia aliança com oviedistas
Oviedo era candidato ao pleito de abril, mas faleceu em fevereiro devido a um acidente de helicóptero.
A aliança entre liberais e oviedistas já vinha sendo discutida há algumas semanas. O Unace queria indicar o candidato a vice-presidente, mas acabou se contentando com a promessa de alguns ministérios, caso Alegre seja eleito.
A viúva de Oviedo, Raquel Marín, afirmou que a aliança foi concretizada para evitar a vitória do candidato colorado Horacio Cartes. “Esse era o desejo principal de Lino Oviedo”.
O jornal ABC Color publicará nesta sexta-feira (05/04) a última pesquisa de intenção de voto antes do pleito presidencial. Segundo o último levantamento, Cartes liderava com 37% ante 30% de Alegre. No Paraguai não há segundo turno.