Atualizada às 16h51
O candidato da oposição à eleição presidencial venezuelana Henrique Capriles convocou nesta segunda-feira (15/04) marchas pelo país caso Nicolás Maduro, vencedor do pleito de acordo com resultado divulgado ontem (14/04), seja proclamado presidente pelo CNE (Conselho Nacional Eleitoral). O órgão eleitoral anunciou que realizaria a cerimônia na tarde de hoje.
Agência Efe
Capriles obteve 49,07% dos votos, de acordo com a apuração do CNE; Maduro teve 50,66%
“Às 20h (21h30 em Brasília), que se escutem panelas e caçarolas em toda a Venezuela, no mundo. Para que escutem nossa indignação, nossa raiva”, afirmou Capriles. Ele também anunciou outra manifestação, para terça-feira (16/04), caso a decisão do CNE de proclamar Maduro presidente prossiga. “Quero pedir que amanhã, de maneira pacífica, com firmeza, valentia, nos mobilizemos aos escritórios do CNE para exigir a recontagem dos votos. Voto a voto. Aqui em Caracas, comigo em frente, iremos ao CNE solicitar tudo isso que disse”, afirmou.
Apesar do resultado divulgado pelo CNE, que deu a vitória a Maduro, Capriles exigiu que os votos sejam recontados, citando irregularidades nos centros de votação. “Nós acreditamos que ganhamos as eleições. O outro lado também. Os dois estão em seu direito”, falou, durante coletiva de imprensa na capital venezuelana. “O CNE, ontem, anunciou ao país um resultado muito apertado. Estamos falando de 1%. O que peço? Que cada voto seja contado”, continuou, insinuando falta de transparência do órgão eleitoral. “Se as duas partes dizem que têm que contar os votos, porque a pressa [para proclamar Maduro presidente]? O que estão escondendo?”
Capriles também acusou o governo e o CNE de danificarem material eleitoral, dizendo que o comando Simón Bolívar recebeu informações de que caixas de votação foram movidas de lugar. “Parece que há grupos do governo levando as provas. Isso colocaria a solicitação em um terreno inviável”, disse, sem apresentar provas que sustentassem a declaração.
Ele novamente declarou Maduro “presidente ilegítimo”. Diversos governos e organismos internacionais reconheceram o resultado da eleição venezuelana, como Brasil, Argentina, Bolívia, Equador e a Unasul (União de Nações Sul-Americanas).
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