Atualizada às 09h55
O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Diosdado Cabello, informou na madrugada desta terça-feira (16/04) que vai pedir ao Parlamento uma investigação sobre a responsabilidade de Henrique Capriles nos distúrbios e atos de violência que aconteceram em todo o país desde o anúncio da vitória eleitoral de Nicolás Maduro, neste domingo (14/04).
“Nesta manhã solicitaremos que a Assembleia Nacional dê início a uma averiguação penal contra Capriles pela violência gerada em todo o país”, escreveu Cabello em sua conta no Twitter.
Diversos grupos de opositores antichavistas realizaram protestos em vários Estados venezuelanos, atacando instalações de centro médicos populares e incendiando sedes regionais do governista PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela). Além disso, foram registrados pela polícia diversos disparos feitos por apoiadores de Henrique Capriles contra chavistas.
Agência Efe
Milhares de opositores entraram em confronto contra a polícia; três pessoas morreram após disparos feitos por antichavistas
O estopim para a violência teria sido o pedido do candidato derrotado para que os opositores de Nicolás Maduro não aceitassem o resultado da eleição e pressionassem o CNE (Conselho Nacional Eleitoral) pela recontagem de votos.
NULL
NULL
A AVN (Agência Venezuelana de Notícias) afirmou que dois jovens morreram na cidade de Baruta, no Estado de Miranda, onde grupos armados atacaram os simpatizantes do chavismo.
O governador do Estado de Táchira, José Vielma Mora, denunciou a morte de um jovem, que foi assassinado com três disparos feitos por armas de fogo após discutir com grupos armados antichavistas.
O presidente eleito da Venezuela, Nicolás Maduro, já havia denunciado nesta segunda-feira (15/04) que setores da oposição estão provocando atos de violência com o intuito de desestabilizar o novo governo. Como resposta, Maduro convocou a população para “combater em paz”, com “mobilizações em todo o país”.
Maduro classificou o pedido de recontagem de votos – considerado como o gerador dos protestos e violência – como um “capricho” da oposição. “Os caprichos da burguesia, em que parte do mundo se faz uma auditoria de 100% (…), em qual país do mundo se faz com 54%, nenhum. Aqui, nós fazemos por lei”, frisou.
“Você convocou a violência às ruas e você é responsável frente ao país (…) se houver mortos ou feridos, você é responsável”, disse Maduro ao opositor.
Henrique Capriles ainda não se pronunciou sobre os protestos violentos. Nesta segunda-feira, em sua conta no twitter, pediu para que os protestos fossem pacíficos e que a paz fosse o mais importante na Venezuela