O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, confirmaram nesta quinta-feira (17/05) em encontro na Casa Branca que a possível solução para o conflito na Síria é a renúncia do presidente, Bashar al-Assad. O norte-americano afirma, no entanto, que não há uma “fórmula mágica” para acabar com a guerra civil no país.
“Estamos os dois(EUA e Turquia) de acordo que Assad deve sair. É preciso que ele passe o poder a uma autoridade de transição. Essa é a única maneira de resolver esta crise. Quanto mais cedo melhor”, afirmou Obama em uma coletiva de imprensa depois de ter recebido Erdogan em Washington.
Erdogan também fez questão de reiterar que a Turquia não consegue mais suportar os gastos com os 400 mil refugiados sírios em seu território. Além disso, direcionou duras críticas para Assad, chamando o de “carniceiro”. O primeiro-ministro turco quer os EUA tenham uma atitude mais dura para contra o regime sírio.
Agência Efe
Obama e Erdogan em entrevista coletiva na Casa Branca nesta quinta-feira (17/05)
“Precisamos encerrar essa situação sangrenta na Síria e responder às aspirações legítimas (dos sírios) estabelecendo um novo governo. Estes são dois assuntos no qual estamos totalmente de acordo com os Estados Unidos”, afirmou Erdogan.
De acordo com a BBC, Obama afirmou após o encontro com Erdogan, que apesar de os Estados Unidos terem provas de que foram usadas armadas químicas na Síria, as provas ainda não são suficiente.
NULL
NULL
Obama acredita que a guerra civil na Síria é um problema da comunidade internacional em seu conjunto e insistiu que seu país não agirá sozinho para encerrar o conflito. “Continuaremos tentando mobilizar a comunidade internacional em seu conjunto para que o líder sírio Bashar al Assad se dê conta de que já não tem legitimidade e tem que ir embora”, analisa.
Segundo informações da Agência Efe, o objetivo final é avançar rumo a uma transição política na Síria que permita que as instituições sigam funcionando e que exista, ao mesmo tempo, um organismo multiétnico e multirreligioso para construir um país em paz e democrático.
O presidente assegurou que Washington reserva o direito de tomar medidas adicionais na Síria além da ajuda humanitária – que centrou a resposta ao conflito até o momento.