Agência Efe
Mariano Rajoy durante entrevista desta quarta-feira em Bruxelas
O presidente do governo da Espanha, Mariano Rajoy, evitou, mas não conseguiu deixar de responder as críticas que recebeu de José Maria Aznar, o último primeiro-ministro do PP no país antes do atual. Em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (22/05), em Bruxelas, ele foi questionado sete vezes sobre diversas declarações de Aznar.
“Tenho por norma não comentar as opiniões de ex-presidentes de governo e não o farei desta vez”, afirmou. Pouco depois, emendou: “vou manter o rumo da política econômica. Há um rumo e devemos mantê-lo para sair da crise econômica. Estou fazendo o que acho que devemos fazer.”
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Aznar sinalizou que pode voltar à vida política nos próximos anos
Um dia antes, Aznar havia pedido redução de impostos para a classe média e argumentado que não encontrava “um projeto político claro no atual governo”. Ele também se queixou da falta de acesso a Rajoy, com quem conversou “apenas uma vez nos últimos 16 meses”.
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Aznar, que governou a Espanha de 1996 a 2004, antes de José Luis Zapatero, do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol), também disse cogitar o retorno à vida política.
Repercussão
Os demais líderes do PP não adotaram uma posição uniforme ao comentar a troca de farpas. O presidente do partido em Madri, Ignacio González, disse que as ideias de Aznar são “bastante interessantes”.
O ministro da Fazenda, Cristóbal Montoro, disse que adoraria baixar os impostos, “mas que não há margem para isso no momento”. A número dois do governo espanhol, Soraya Santamaría, diz que o governo trabalha para tirar o país da crise. “Aceitamos todas as sugestões para criarmos empregos e crescermos novamente.”