O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, afirmou nesta quinta-feira (23/05) que o Islã não é o responsável pelo ataque que matou um soldado na tarde desta quarta-feira (22) em Londres. Para o dirigente britânico, o ocorrido foi um ato isolado. “O Islã não justifica o que aconteceu. A responsabilidade é apenas dos autores”, afirmou em pronunciamento oficial.
Segundo a imprensa europeia, os dois suspeitos pela morte do oficial são de origem mulçumana e, logo após o atentado, faziam alusões à religião islâmica, gritando palavras de ordem contra o Reino Unido.
Cameron fez questão de enfatizar que mesmo as comunidades muçulmanas em território britânico condenaram o ataque. O premiê acredita que o ocorrido foi uma tentativa de dividir a unidade do país. “Quem cometeu isto tentou nos dividir. Mas devem saber que algo assim só nos unirá e nos tornará mais forte”, vislumbra.
Agência Efe
David Cameron fez um pronunciamento oficial nesta quinta-feira (23) condenando o ataque ao soldado britânico
Em contrapartida, Cameron assegurou que o Reino Unido vai trabalhar para frear ” o terrorismo e o extremismo” . Ele classificou a morte do soldado como um ato “profundamente perturbador” e “doentio”.
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Segundo informações da Agência Efe, anteriormente ao pronunciamento de David Cameron, houve uma reunião do comitê de emergências Cobra do governo britânico para analisar o assassinato do soldado
Participaram da reunião em Downing Street – que durou cerca de uma hora – vários ministros e o prefeito de Londres, Boris Johnson, assim como os chefes da Polícia e do MI5, o serviço de contra-espionagem britânico. Ao término do encontro, Johnson declarou que “os londrinos podem seguir com suas vidas com normalidade” e prometeu que os culpados serão levados à justiça.
A Polícia atirou contra os dois suspeitos, que estão hospitalizados e foram detidos. Segundo fontes citadas pela agência local PA, os supostos autores são de origem nigeriana, embora tenham nacionalidade britânica.