Agência Efe
Milhares de pessoas foram presas e ao menos um jovem morreu nos quatro dias de protestos na Turquia
O primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, minimizou nesta segunda-feira (03/06) a onda de manifestações que se espalhou pelo país nos últimos quatro dias. De acordo com o político, que responsabilizou o opositor Partido Republicano Popular de estar por trás das mobilizações, os protestos foram incitados por meio de redes sociais e não devem continuar por muito tempo.
“Facções extremistas estão mobilizando-se junto ao Partido Republicano Popular e querem dar a este assunto outra dimensão”, afirmou Erdogan, para quem os “eventos estão concentrados apenas em algumas cidades”. Segundo analistas ouvidos pela Agência Efe, porém, os distúrbios são os mais intensos no país nas últimas décadas (com exceção da região curda).
Questionado se os protestos representam um repúdio ao seu estilo, considerado centralizador e de pouco diálogo, o premiê, no poder desde 2002, disse que “a democracia se expressa através das urnas”.
Em entrevista coletiva na cidade de Rabat, capital do Marrocos, one faz viagem oficial, o premiê disse que “a maioria do povo não vai aceitar” novos dias de mobilizações e que “o cidadão sensato saberá” as intenções que movimentam os manifestantes.
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Os atos começaram na sexta-feira (31/05) devido a um projeto de renovação da praça Taksim de Istambul, que envolvia o corte de centenas de árvores e a construção de um complexo imobiliário. Posteriormente, foram desencadeadas diversas reações contrárias ao governo. Desde então, milhares de pessoas já foram presas e um jovem morreu hoje.
A partir desta terça-feira (04/06), a Confederação de Sindicatos de Trabalhadores Públicos, que tem mais de 200 mil filiados e é uma das quatro principais organizações trabalhistas da Turquia, implementará uma greve de 48 horas devido à maneira violenta com que a polícia tem reprimido os protestos.
(*) com agência Efe