O presidente norte-americano, Barack Obama, assegurou nesta sexta-feira (07/06) que os programas de espionagem de telefonemas e de dados dos usuários de grandes empresas da internet contam com um “amplo apoio bipartidário” no Congresso e são continuamente supervisionados.
Obama disse na Califórnia – onde hoje se reunirá com o presidente da China, Xi Jinping – que essas estratégias “ajudam a prevenir ataques terroristas” e foram revisadas por sua equipe de assessores, pelo Congresso e pelo Poder Judiciário.
Segundo o presidente, “não se pode ter 100% de privacidade e 100% de segurança”. Em sua opinião, o governo conseguiu manter “o equilíbrio adequado” no acesso à vida dos cidadãos norte-americanos.
O jornal britânico The Guardian revelou esta semana que a NSA (Agência de Segurança Nacional) e o FBI recolhem todos os dias registros de chamadas de milhões de clientes das operadoras de telefonia, em virtude de uma ordem judicial secreta. Além disso, ontem foi divulgado que também eram recolhidos dados dos servidores das grandes empresas americanas de internet, entre elas Microsoft, Yahoo!, Facebook, Skype e Apple, sobre comunicações no exterior.
Obama assegurou hoje que “ninguém escuta o conteúdo das ligações telefônicas” e assinalou que a agência que recolhe os dados nos EUA se limita a obter detalhes como duração da chamada e número de telefone, para investigar conexões terroristas.
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“O Congresso é informado continuamente sobre como se realiza (a espionagem secreta), há uma grande categoria de salvaguardas e os juízes federais supervisionam todo o programa”, disse o presidente, reiterando o apoio existente tanto entre republicanos como entre democratas.
No que se refere ao programa de espionagem de servidores de gigantes de internet da NSA, conhecido como PRISM, o presidente criticou os vazamentos por parte da imprensa e assegurou que não concorda que eles sejam apresentados como “suspeitos”. “Se cada passo que dermos para tentar prevenir o terrorismo acaba na primeira página de um jornal ou na televisão, presumivelmente as pessoas que tentam nos atacar serão capazes de se esquivar de nossas medidas preventivas”, analisou.
(*) com agência Efe