O presidente da França, François Hollande, disse neste domingo (15/09) que a ameaça de lançar ataques contra a Síria, caso o regime de Damasco não entregasse e destruísse seus arsenais de armas químicas, “funcionou”, principalmente por ter garantido um acordo em direção a uma solução do conflito no país árabe.
Em entrevista ao canal “TF1”, Hollande expressou sua confiança em que, após o acordo entre Estados Unidos e Rússia, firmado ontem (14) em Genebra, seja possível alcançar o consenso para uma resolução do Conselho de Segurança da ONU sobre a Síria “antes do final da próxima semana”.
Agência Efe
François Hollande deu entrevista exibida neste domingo (15/09) no canal francês TF1
Além de exaltar o acordo entre EUA e Rússia, Hollande declarou que a saída do presidente sírio, Bashar al Assad, é um requisito para solucionar a crise do país árabe, destacando que, “para nós (os franceses), o representante da Síria não é Bashar al Assad”.
“A França não está só e nunca esteve”, acrescentou Hollande ao falar sobre a ausência de seu país nas conversas mantidas entre Estados Unidos e Rússia para solucionar a crise e forçar o regime de Assad a entregar seu armamento químico.
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Hollande qualificou o acordo assinado pelo secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, como “uma etapa importante”, embora tenha acrescentado que o mesmo, por si só, não será capaz de por fim ao conflito.
“É preciso prever a possibilidade de sanções caso o acordo não seja aplicado”, assinalou o presidente francês.
Hollande assegurou que “a opção militar deve ser mantida” caso não haja avanços na via aberta pelo acordo para que o regime sírio identifique e destrua seu arsenal químico.
Para o presidente francês, Bashar al Assad é o principal responsável pelo “massacre” do último 21 de agosto, no qual mais de 1,4 mil civis morreram nos arredores de Damasco, enquanto a crise na Síria é “a tragédia mais grave desde o início do século XXI”.