A Casa Branca rejeitou nesta terça-feira (15/10) uma proposta apresentada pelos republicanos da Câmara dos Representantes para evitar a moratória do governo norte-americano, que pode começar na próxima quinta (17) caso não seja aprovado um aumento no teto de endividamento do país. As negociações continuam no Senado.
O novo plano republicano previa financiar o governo até 15 de janeiro e elevar o teto da dívida até 7 de fevereiro, em troca da não cobrança de um dos impostos previstos na nova legislação da saúde, conhecida como Obamacare.
Agência Efe
Casa Branca rejeitou plano de republicanos da Câmara para acabar com a paralisação do governo, que já dia 15 dias
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Segundo a porta-voz para Assuntos Econômicos da Casa Branca, Amy Brundage, a ideia é “uma tentativa partidária de agradar a um pequeno grupo dos republicanos do Tea Party [fração mais conservadora do partido], que forçou o fechamento do governo em primeiro lugar”.
Senado
O plano que pode reabrir o governo e evitar o default pode sair do Senado. Nesta madrugada, os líderes democrata (Harry Reid) e republicano (Mitch McConnell) confirmaram que um acordo está próximo.
De acordo com o Washington Post, a proposta prorrogaria o financiamento da administração até 15 de janeiro, com o compromisso da criação de uma comissão bicameral para discutir o orçamento e a redução a longo prazo do déficit da dívida. Esse grupo teria até 13 de dezembro para apresentar os resultados das conversas.
O Congresso teria, também, até meados de janeiro para definir uma estratégia fiscal e de despesa que substitua os cortes automáticos, que começaram a ser realizados em março deste ano e que desencadearão uma segunda rodada de redução de gastos no início de 2014. Segundo a lei orçamentária atual, os cortes automáticos rebaixariam as dotações orçamentárias previstas em US$ 19 bilhões até US$ 967 bilhões para o ano fiscal.
Os democratas tentam substituir os cortes automáticos com economias mais bem distribuídas e somar a eles um aumento das receitas fiscais, enquanto alguns republicanos querem que os cortes sejam mantidos sempre que se concentrarem sobre as despesas sociais.
(*) Com AFP e Efe