O ministro de Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle, se reuniu nesta quinta-feira (24/10) com o embaixador norte-americano no país, John B. Emerson, e cobrou respostas sobre a possível espionagem feita pelos EUA no celular da chanceler Angela Merkel. Segundo Westerwelle, as escutas, se confirmadas, são “inaceitáveis” e, por causa disso, “todas as cartas devem estar sobre a mesa”.
“Escutas de parceiros próximos não são de nenhuma maneira aceitáveis. Estranhamos [a ação] profundamente. Quem confia um no outro não faz escutas. (…) Esperamos, finalmente, que seja dada uma explicação completa e honesta deste caso. Todas as cartas devem estar sobre a mesa”, afirmou Westerwelle em pronunciamento em Berlim.
Em Bruxelas, onde esteve hoje para uma reunião dos chefes de Estado da União Europeia, Merkel foi econômica quando questionada por repórteres sobre o tema. “Espionagem entre amigos: não dá”, disse.
Reprodução/Auswärtiges Amt
Westerwelle fez declaração a jornalistas após encontro com embaixador dos EUA na Alemanha
NULL
NULL
Nesta quinta, o jornal Die Welt afirmou que a Agência Nacional de Segurança (NSA) americana só teria tido acesso ao antigo telefone celular de Merkel – um aparelho que ela utilizou de 1999 até o último mês de julho. A chanceler usa um smartphone desde então.
O número desse telefone, acrescenta o jornal, aparece nos documentos do ex-analista da NSA Edward Snowden, que vive refugiado na Rússia após revelar o programa de espionagem em massa dos EUA e pedir asilo em Moscou.
Em reportagem também nesta quinta-feira, o jornal Süddeutsche afirma que a espionagem do governo norte-americano teria sido feita diretamente da Embaixada dos EUA em Berlim. Segundo a publicação, um funcionário de dentro do serviço diplomático do país seria o responsável por operar a central de monitoramento.
(*)Com Efe