O presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, ordenou ao ministro das Relações Exteriores, José Manuel García Margallo, a convocação do embaixador dos Estados Unidos em Madri, James Custos, para esclarecer a suposta espionagem dos EUA em direção à Espanha.
Rajoy confirmou essa decisão nesta sexta-feira (25/10) em uma entrevista coletiva realizada ao término do Conselho Europeu de Bruxelas, na qual explicou que o governo não tem a confirmação de que dirigentes políticos espanhóis foram espionados pelos EUA.
“Justamente para esclarecer este assunto é que pedi para Margallo convocar o embaixador americano”, explicou Rajoy, que considerou que a espionagem “não cabe” entre países “amigos e aliados”.
Agência Efe
Mesmo sem confirmação de que governo foi espionado, Mariano Rajoy determinou que embaixador dos EUA em Madri seja convocado
O presidente do governo espanhol também explicou que não deverá adotar nenhuma medida até obter todas as informações sobre o caso, já que, até o momento, a suposta espionagem dos EUA à Espanha ainda não foi confirmada. “Eu sou o presidente do governo e, para tomar decisões, tenho que ter tudo muito fundamentado”, ressaltou Rajoy.
Em relação ao fato de Alemanha e França já terem avançado neste assunto, tendo anunciado um acordo bilateral para evitar espionagens, Rajoy assinalou que, neste tipo de questões, as decisões são adotadas de forma individual por parte de cada país, em função do que considerarem oportuno.
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“As decisões nesta matéria não correspondem à UE, são competência exclusiva dos Estados-membros. França e Alemanha decidiram fazer uma coisa e os demais podem decidir o mesmo ou outra coisa”, finalizou.
Alemanha
“Escutas de parceiros próximos não são de nenhuma maneira aceitáveis. Estranhamos [a ação] profundamente. Quem confia um no outro não faz escutas. (…) Esperamos, finalmente, que seja dada uma explicação completa e honesta deste caso. Todas as cartas devem estar sobre a mesa”, afirmou Westerwelle.
Segundo o jornal Die Welt, a Agência Nacional de Segurança (NSA) americana só teria tido acesso ao antigo telefone celular de Merkel – um aparelho que ela utilizou de 1999 até o último mês de julho. A chanceler usa um smartphone desde então.
O número desse telefone, acrescenta o jornal, aparece nos documentos do ex-analista da NSA Edward Snowden, que vive refugiado na Rússia após revelar o programa de espionagem em massa dos EUA e pedir asilo em Moscou.
(*) Com Efe