Outubro foi um dos meses com o maior número de mortes violentas no Iraque desde abril de 2008, segundo dados oficiais divulgados nesta sexta-feira (01/11) . No total, foram 964 pessoas mortas, vítimas de disparos, bombas e atentados.
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Agência Efe
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Entre as vítimas fatais há 855 civis, 65 policiais e 44 soldados. Além disso, 33 homens armados morreram; 167 foram presos em operações de segurança. O número de feridos em outubro foi de 1.445 civis, 88 policiais e 67 militares. De acordo com o governo iraquiano, a apuração não inclui vítimas registradas nas três províncias da região autônoma do Curdistão iraquiano.
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Em julho deste ano, 989 pessoas, a maioria civis, morreram em atos de violência no Iraque, no que foi o mês mais violento no país desde abril de 2008, quando 1.073 pessoas perderam a vida.
A ONU (Organização das Nações Unidas) vem reiterando nos últimos meses sua preocupação pelo aumento do terrorismo e da violência sectária no Iraque, por isso exigiu que os dirigentes políticos ponham fim as suas diferenças para restaurar a segurança e terminar com o derramamento de sangue.
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O primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, se reunirá hoje (01/11) em Washington com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. No encontro, a promessa é que o dirigente do Iraque peça a Washington aviões e armas sofisticadas para combater a rede Al Qaeda.
Ocupação norte-americana
Cerca de 460 mil pessoas morreram entre os anos de 2003 e 2011 no Iraque por conta da guerra e ocupação norte-americana do país. A estimativa é resultado de uma pesquisa conduzida por estudiosos de diversas universidades sobre a taxa de mortalidade na nação árabe divulgada em outubro pela revista de medicina PLOS (Livraria Publica de Ciência na tradução livre do português).
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O relatório indica que mais de 60% dessas mortes foram provocadas diretamente pela violência decorrente da ocupação norte-americana do território: com 35% atribuídas às forças de coalizão, 32% a milícias guerrilheiras e 11% a criminosos. O restante teria sido causado por outros efeitos indiretos da guerra, como, por exemplo, o colapso de infraestrutura e nos serviços.
Segundo os autores, o dossiê refinou a metodologia utilizada nas pesquisas anteriores sobre o tema, baseando-se em críticas realizadas previamente, e procurou abarcar todos os anos de guerra e ocupação do Iraque (2003 – 2011), algo que nenhum outro estudo havia feito. “Os relatórios anteriores cobriram períodos diferentes entre 2003 e 2006 e encontraram diferentes taxas de mortalidade e de mortes atribuídas ao conflito”, diz o artigo. “Todos foram controversos e suas metodologias, criticadas”, acrescenta.