O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, reconheceu, pela primeira vez, que a espionagem dos Estados Unidos extrapolou os limites em algumas situações. “Reconheço, assim como o presidente, que algumas dessas ações foram longe demais e vamos garantir que isso não volte a acontecer no futuro”, disse Kerry.
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Agência Efe
John Kerry admite abusos com esquema de espionagem
“Garanto que, nesse processo, pessoas inocentes não estão sendo alvo de abusos, mas há um esforço para tentar reunir informação e sim, em alguns casos, foi-se longe demais de forma inapropriada”, disse, durante pronunciamento nesta quinta-feira (31/10). As práticas de espionagem dos EUA, reiterou Kerry, são justificadas pela luta contra o terrorismo e pela prevenção de atentados.
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O secretário ressaltou que o presidente Barack Obama está determinado a esclarecer essas práticas para que “ninguém tenha a sensação de ter sido abusado”. “Não há dúvida que o presidente, eu mesmo e outros no governo conhecemos detalhes de atos que estiveram acontecendo no piloto automático, porque a tecnologia estava aí e se manteve ao longo de um extenso período de tempo”, explicou Kerry.
Embora os EUA insistam no discurso de segurança nacional para justificar a vigilância, as informações vazadas por Edward Snowden revelaram que o alcance da espionagem vai muito além e, além de ter controle de informações pessoais da população, pode ter afetado líderes aliados.
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A NSA (sigla inglês para Agência Nacional de Segurança) espionou durante anos as comunicações telefônicas e na internet de políticos de países aliados na Europa e América Latina, o que gerou queixas de nações consideradas aliadas pela Casa Branca – como Alemanha, Espanha, Itália, Brasil e México.