O governo britânico desistiu nesta segunda-feira (04/11) do plano de cobrar uma taxa de cerca de 3 mil euros aos “imigrantes de riscos”, ou seja, pessoas oriundas de países como, por exemplo, Índia, Bangladesh e Síria. Um porta-voz do Ministério do Interior anunciou que a polêmica em torno da lei fez com os dirigentes do país abandonassem a iniciativa.
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O projeto do grupo conservador ligado ao premiê David Cameron pretendia taxar imigrantes que entram no país com o visto temporário de seis meses para evitar, segundo nota oficial, que “permanecessem no país além do tempo aprovado”. Os estrangeiros teriam que depositar os 3 mil euros como “cheque caução” e, só depois de sair do país, poderiam retirar o dinheiro.
Agência Efe
Grupo conservador ligado ao premiê David Cameron promove campanha anti-imigração
De acordo com informações da imprensa europeia, a medida tinha como objetivo desencorajar imigrantes a permanecerem no país. A lei, no entanto, desagradou empresários que costumam contratar imigrantes temporariamente para, principalmente, trabalhos braçais.
Opera Mundi noticiou em outubro que a UKBA (Agência de Imigração do Reino Unido) enviou mensagens SMS para imigrantes solicitando a imediata saída do país. As mensagens foram enviadas pela empresa Capita que, em setembro de 2012, ganhou contrato milionário do governo para rastrear 174 mil imigrantes sem documentos e pedir que fossem embora.
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As informações sobre Grover e outros milhares de estrangeiros que vivem no Reino Unido foram passadas pelo Ministério do Interior em uma lista de imigrantes com “êxito negativo” para a empresa investigar.
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O governo britânico, de forma oficial, realiza uma cruzada contra imigrantes sem documentos. Durante os últimos meses foram colocados em algumas ruas dos subúrbios de Londres cartazes contra estrangeiros. “Está ilegal no Reino Unido? Vá para casa ou arrisca-se a ser detido”, diz um dos cartazes fotografados por cidadãos britânicos
A cruzada anti-imigração, organizada pelo Ministério do Interior britânico, foi alvo de muitas críticas, incluindo do partido Liberal Democrata, parceiro dos conservadores no governo, e também de organizações contra o racismo. Um balanço feito agora pelo ministério revela que a campanha não atingiu os objetivos.
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