O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta-sexta feira (08/11) que é tempo de os Estados Unidos revisarem suas políticas em relação a Cuba, país a que direciona duros embargos há mais de cinquenta anos.
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“Temos de ser criativos, imaginativos e continuar a atualizar nossas políticas”, disse o presidente em encontro com grupo de opositores cubanos na residência de Jorge Mas Santos, presidente da Fundação Nacional cubano-americana, em Miami.
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Obama afirmou que não há sentido algum na ideia de que as políticas de embargo direcionas à ilha cubana, estabelecidas quando Fidel Castro estava no comando no país, seriam de alguma maneira eficientes nos dias de hoje, na “era da Internet, do Google e de viagens internacionais”.
Agência Efe
Obama se encontrou com dissidentes cubanos e se mostrou otimista em relação à retomada de diálogo entre países
O embargo econômico, comercial e financeiro imposto a Cuba pelos Estados Unidos desde fevereiro de 1962 gera controvérsias internacionalmente e é condenado explicitamente pela ONU (Oraganização das Nações Unidas).
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Em relação a isso, o presidente norte-americano lamentou o crescente “partidarismo” que existe em Washington em relação a Cuba e que, em sua opinião, bloqueia a possibilidade de avanços nessa matéria.
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No entanto, Obama disse que começa a ver mudanças na ilha. “A liberdade em Cuba virá pois existem ativistas extraordinários e grande coragem por parte de pessoas como as que vemos aqui hoje”, afirmou em seu pronunciamento.
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Entre os presentes no evento estavam o dissidente Guillermo Fariñas e a líder das Damas de Branco, Berta Soler. Antes da reunião, Fariñas considerou que o encontro representa “o apoio” da Casa Branca aos dissidentes cubanos e antecipou que pediria a Obama que não fizesse nenhuma reunião com o governo cubano “sem a presença da oposição”.
A curta visita do presidente norte-americano à Miami tem como objetivo a arrecadação de fundos eleitorais e neste sábado (09), ele já deve retornar a Washington.