A China anunciou neste sábado (23/11) que criou uma zona de identificação para defesa aérea na zona oriental do Mar da China. A região, no entanto, inclui ilhas que o Japão considera pertencerem ao seu território, aumentando a tensão entre o países. O Ministério da Defesa chinês emitiu um comunicado afirmando que qualquer aeronave que entre na zona “deverá obedecer as regras ou sujeitar-se a manobras de emergência defensivas”.
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Além disso, o governo chinês afirma que a criação da “zona de identificação de defesa aérea” tem como propósito “proteger a nação contra potenciais ameaças aéreas”.
A resposta veio de forma imediata. O Japão, por meio do Ministério das Relações Exteriores, emitiu um protesto enérgico, classificando a decisão chinesa como “unilateral”, que pode provocar “alguma coisa inesperada”. O Ministério da Defesa e as Forças de Autodefesa japoneses reforçarão a vigilância sobre as atividades militares no Mar da China Oriental, objeto de outras disputas territoriais.
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Segundo informações da Agência Efe, o anúncio chinês constitui uma contundente represália à compra em setembro de 2012 pelo governo japonês de três das disputadas ilhas de um investidor japonês. Embora a operação comercial tenha sido executada pelo Executivo do Partido Democrático (PD) anterior, a chegada ao poder em dezembro do ano passado do conservador Shinzo Abe, do Partido Liberal -Democrata (PLD), contribuiu para que os laços políticos bilaterais se mantivessem tensos.
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Abe buscou não deteriorar as relações comerciais entre as potências (a China é o primeiro parceiro comercial do Japão e ambas intercambiaram mercadorias no valor de mais US$ 146 trilhões ano passado).
(*) Com informações da Agência Efe