A partir deste domingo (15/12), a Irlanda poderá voltar a decidir de maneira soberana o que fará para se recuperar da crise econômica que assola a Europa. Ao renunciar a um novo empréstimo de 10 bilhões de euros, o país começa a se desprender de seus credores internacionais e da troika (grupo formado por Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional).
Os próximos passos de Dublin, no entanto, não devem ser muito diferentes dos últimos. A política de austeridade deverá continuar, de acordo com o governo local.
“Este não é um final. É apenas um marco em nosso caminho. Devemos continuar com o mesmo tipo de medidas”, afirmou na última sexta-feira o ministro de Finanças irlandês, Michael Noonan.
NULL
NULL
“Nos dedicamos por muito tempo para conquistar nossa liberdade e poder administrar nossos próprios assuntos. Não há sentido termos liberdade política, sem liberdade econômica e financeira”, analisou Noonan.
Wikicommons
Ponte na região da O´Connel Street, a principal da capital irlandesa
O programa de empréstimos da troika à Irlanda começou há três anos e chegava ao valor de 85 bilhões de euros. Até o momento, o país recebeu 67 bilhões de euros.
Apesar de ter maior autonomia, Dublin continuará sendo submetida a análises anuais de seus credores. A estimativa de crescimento do país para 2014 está entre 1,7% e 2,0% e o desemprego é de 13%.
(*) com El País