Bangladesh foi atingida por uma nova onde de violência neste sábado (04/01), um dia antes da eleição que devem decidir quem ocupa o cargo de primeiro-ministro no país, além de assentos no parlamento do país. Confrontos entre manifestantes e policiais deixaram pelo menos 2 mortos. O Partido Nacionalista de Bangladesh (BNP, na sigla em inglês), de oposição, afirmou que não vai participar da votação e convocou uma greve de 48 horas neste sábado (04/01). O partido pede que a população boicote a eleição, descrita pelo grupo como “uma farsa”.
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Khaleda Zia, líder e candidata ao cargo de primeira-ministra pelo BNP, acusa o governo de falta de transparência na organização do pleito. Zia contesta a decisão do governo de não ter nenhum tipo de supervisão dos resultados por outros países ou organizações internacionais. Ela também afirma que está em prisão domiciliar em Dhaka. Apesar do governo negar as acusações, fontes confirmaram à rede Al Jazeera que Zia está proibida de sair de sua casa há mais de uma semana. Zia concorre com a atual primeira-ministra, Sheikh Hasina, do partido Awami League.
Agência Efe
Policiais levam urnas para centros de votação neste sábado (04/01), véspera da eleição para primeiro-ministro
De acordo com a polícia, pelo menos 30 locais de votação sofreram ataques e destruição desde sexta-feira (03/01). A maioria das urnas está sendo instalada em escolas ou prédios públicos, que ficam em áreas movimentadas das cidades. As forças armadas do país disponibilizaram 50 mil homens para fazerem a segurança das eleições deste domingo (04/01), já que confrontos e manifestações devem acontecer em diversas regiões.
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Os protestos relacionados a votação já deixaram mais de 100 mortos no país. Pelo menos 1200 pessoas, em sua maioria militantes de oposição, foram presas nas últimas semanas.
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Nesta sexta-feira (03/01), em seu último discurso televisionado antes da votação, a primeira-ministra, Sheikh Hasina, que é candidata a reeleição, afirmou que a líder de oposição rejeitou o diálogo. “Nós tentamos o nosso melhor para trazer o BNP para as eleições”, ela afirmou. “Ela (Zia) rejeitou minha oferta de diálogo e escolheu o caminho do confronto. A eleição de 5 de janeiro será realizada em conformidade com a constituição”, continuou a líder que é favorita nas pesquisas.
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O gabinete de primeiro-ministro vem sendo ocupado pelas duas candidatas nas últimas duas décadas.