Os países-membros do Mercado Comum do Sul (Mercosul) divulgaram nota na noite deste domingo (16/02) prestando solidariedade com a Venezuela e repudiando a violência e as “ameaças de ruptura da ordem democrática” após o início da série de protestos no país, há cinco dias.
De acordo com a nota, divulgada pela Chancelaria venezuelana, o bloco – formado por Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela como membros plenos – “rejeita as ações criminosas de grupos violentos que querem espalhar a intolerância” e pede que o diálogo entre as partes seja “aprofundado”.
Ainda no domingo, a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) também já havia condenado a “tentativa de desestabilizar a ordem democrática” na Venezuela. “A Unasul rejeita os recentes atos violentos na Venezuela e a intenção de desestabilizar a ordem democrática constituída legitimamente pelo voto popular. Também expressa solidariedade às famílias das vítimas”, diz o comunicado.
Agência Efe
Onda de protestos na Venezuela gerou reações de países vizinhos
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Leia a íntegra do comunicado do Mercosul
Os Estados membros do Mercosul, diante dos recentes atos violentos na irmã República Bolivariana da Venezuela e as tentativas de desestabilizar a ordem democrática, repudiam todo o tipo de violência e intolerância que busquem atentar contra a democracia e suas instituições, qualquer que seja sua origem.
Reiteram seu compromisso com a plena vigência das instituições democráticas e, neste contexto, rejeitam as ações criminosas de grupos violentos que querem espalhar a intolerância e o ódio na República Bolivariana da Venezuela como uma ferramenta política.
Expressam seu mais forte rechaço às ameaças de ruptura da ordem democrática legitimamente constituída pelo voto popular e reiteram a sua posição firme na defesa e preservação das instituições democráticas, de acordo com o Protocolo de Ushuaia sobre compromisso democrático no Mercosul (1998).
Sugerem que as partes a continuem a aprofundar o diálogo sobre as questões nacionais, dentro do quadro das instituições democráticas e do Estado de direito, como tem sido promovido pelo presidente Nicolás Maduro nas últimas semanas, com todos os setores da sociedade, incluindo parlamentares, prefeitos e governadores de todos os partidos políticos representados.
Finalmente, expressam suas sinceras condolências às famílias das vítimas fatais, resultado dos graves distúrbios causados, e confiam totalmente que o governo venezuelano não descansará no esforço para manter a paz e plenas garantias para todos os cidadãos.