O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, anunciou nesta terça-feira (18/02) a demissão do comandante das Forças Armadas, general Leonardo Barrero, e de outros cinco militares por críticas às investigações sobre a suposta espionagem do Exército aos representantes do governo nos diálogos de paz com as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
Santos afirmou hoje que a saída de Barrero aconteceu pelo fato dele ter se referido de forma “desrespeitosa” aos responsáveis por analisar o caso. A declaração do presidente serviu para afastar os boatos de que o general estivesse envolvido em algum episódio de corrupção.
Agência Efe
Substituto de Barrero, Juan Pablo Rodríguez (à esq.) concedeu entrevista ao lado do ministro da Defesa, Juan Carlos Pinzón
Ao deixar o cargo, Barrero afirmou que sai com “tranquilidade e satisfação de ter atuado sempre dentro dos princípios e valores que regem a vida militar”.
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Barrero, que será substituído por Juan Pablo Rodríguez Barragán, ainda classificou a decisão de Santos de afastá-lo como “política”. Além dele, os outros funcionários das Forças Armadas colombianas que deixaram seus postos foram Manuel Guzmán, Fabricio Cabrera, Jaime Reyes e Javier Rey.
No início deste mês, a imprensa colombiana começou a publicar reportagens acusando o Exército de espionar os representantes do governo nas negociações com as FARC. Os militares, no entanto, negaram tal prática.