O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez um pronunciamento nesta sexta-feira (28/02) em que se disse “muito preocupado” com as informações de “movimentos militares da Federação Russa dentro da Ucrânia” e advertiu que “haverá custos em qualquer intervenção” com as Forças Armadas, em uma mensagem direta ao colega russo Vladimir Putin.
“Qualquer violação da soberania e da integridade territorial da Ucrânia será profundamente desestabilizadora”, afirmou. Uma intervenção militar, disse o norte-americano, representará, além de uma “profunda interferência” no direito dos ucranianos de determinarem o futuro, uma “clara violação do compromisso russo de respeitar fronteiras e as leis internacionais”.
A declaração, convocada de última hora, durou apenas três minutos.
Agência Efe
Obama: “Qualquer violação da soberania e da integridade territorial da Ucrânia será profundamente desestabilizadora”
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Nesta semana, os russos iniciaram uma série de exercícios militares em regiões próximas à fronteira com a Ucrânia, que atravessa uma crise política. Porém, desde a noite de quinta-feira (27/02), há relatos de que as Forças Armadas da Rússia começaram a entrar na Crimeia, uma república autônoma de maioria étnica russa que fica em território ucraniano. Homens armados uniformizados tomaram o controle dos aeroportos nas cidades de Simferopol e Sebastopol e os russos estariam enviando “centenas” de tropas para a região, de acordo com a agência AFP e a rede de TV norte-americana CBS.
O espaço aéreo da Crimeia, assim como os dois aeroportos da região, estão fechados.
Já para a Ucrânia, os últimos acontecimentos na república autônoma foram descritos pelo governo interino como “invasão e ocupação” por forças russas, aumentando tensões entre Rússia e o Ocidente, segundo a Reuters.